A diferença entre castigo e disciplina
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A diferença entre castigo e disciplina
A família de Daiana se aproximava de um grande problema, porém ela não podia vê-lo. Isso é o que ela dizia: “Temos três filhos menores de nove anos. Queremos deixar bem claro as explicações para nossos filhos, assim colocamos um quadro na geladeira que explicava detalhadamente as consequências de cada ofensa que podemos imaginar. Fizemos uma lista das ofensas que víamos ocorrendo em nossa casa e depois dissemos aos nossos filhos qual seria o castigo”.
Infelizmente, Daiana se encontra em um rápido caminho para desestruturar sua família. Aqui está o motivo: ela não entende um princípio fundamental, e precisa acrescentá-lo a sua filosofia bíblica de paternidade para ter êxito em educar sua família.
Daiana precisa compreender uma diferença importante entre castigo e disciplina. O castigo proporciona uma consequência não desejada, porém a disciplina significa ensinar. O castigo é negativo; a disciplina é positiva. O castigo se concentra em coisas erradas que já passaram. A disciplina se concentra em ensinamentos que produzirão bons resultados no futuro. A princípio o castigo é motivado pela ira, enquanto a disciplina é motivada pelo amor. O castigo se concentra na justiça para equilibrar a balança do bem e do mal. A disciplina se concentra no ensino, se prepara para a próxima vez.
Jesus não teve nenhum filho, porém teve discípulos. As palavras “discípulo” e “disciplina” vêm da mesma raiz. O objetivo da paternidade é discipular seus filhos sobre o que significa viver a vida. Este ensinamento pode ser feito de várias maneiras: por imitação, instruindo, falando, praticando e, inclusive, corrigindo seus filhos. O problema é que muitos pais perdem o enfoque positivo quando se trata de corrigir os filhos.
A correção é uma das formas com que os filhos aprendem. Então, os pais precisam ter uma atitude adequada até que a correção consiga que o discipulado seja realizado. O filho que se irrita constantemente, o que fica com birra e aquele que briga com seus irmãos tem uma coisa em comum: a necessidade de ajustar os padrões de conduta e mudar o coração. Alguns pais usam somente a condenação ou a ira para motivar o filho para que mude o comportamento. Sua atitude diz: “Se lhe imponho consequências suficientes, então o castigo fará com que queira mudar“.
Infelizmente, o enfoque negativo do castigo costuma ser contraproducente, acrescenta amargura à relação e, a princípio, impede o crescimento. O que esses filhos necessitam realmente é de uma correção com enfoque positivo. Significa concentrar-se no que o filho deve fazer para evitar a conduta negativa. Dá mais trabalho disciplinar do que castigar, porém o resultado vale a pena. Os filhos desenvolvem novos padrões e as relações se tornam mais fortes.
Pode ser que você diga: “Sim, sei que minha filosofia de paternidade me diz que tenho que ser positivo, porém como posso ser positivo quando meus filhos estão fazendo coisas erradas o tempo todo?” Uma das maneiras é expor padrões e regras em termos positivos. Em vez de dizer: “Não grite”, diga: “Fale baixo”. Em vez de dizer: “Deixe de tratar mal o cachorro”, diga: “Seja amável”. Em vez de queixar-se da roupa que está espalhada por todas as partes do quarto do seu filho de 14 anos, pode dizer: “Você tem que colocar a roupa no cesto quando não for mais usá-la“.
Alguns pais reagem assim: “Isso parece genial, porém meus filhos não me escutam. Precisam de algo mais para que alguma mudança ocorra”. Poderíamos estar de acordo, pois muitos filhos necessitam de um enfoque multidisciplinar, não somente palavras. Porém, de qualquer forma, sempre utilizaríamos as palavras, e sugeriríamos que essas palavras fossem positivas e alentadoras.
Onze vezes o livro de Provérbios aconselha que os filhos escutem seus pais. Por exemplo, em Provérbios 1:8 diz: “Filho meu, ouve a instrução de teu pai e não deixes a doutrina de tua mãe.” Se se supõe que os filhos devem escutar a seus pais, isso significa que os pais tem algo a dizer. Suas palavras são importantes. Não abuse dos ouvidos ávidos de seus filhos gritando palavras de condenação e vingança. Use suas palavras estrategicamente como ferramentas para mudar o coração e desenvolver o caráter.
Sônia tem quatro filhos menores de sete anos. Durante um dia levou consigo um aparelho para contar os comentários que fazia com os filhos. Apontava para baixo em cada comentário negativo que fazia e para cima em cada comentário positivo. Sônia se surpreendeu com quantas vezes comunicava, inclusive coisas positivas, de uma maneira negativa. Foi assim que ela começou a trabalhar para mudar seu vocabulário. Procurou maneiras de dizer as coisas de uma forma positiva. Ao invés de dizer: “Não, não vai comer guloseimas agora“, dizia: “Sim, pode comer esse docinho às 03h30 da tarde“. Aconteceu algo interessante que Sônia não esperava. A atmosfera da sua casa começou a ser cheia de atitudes mais positivas. Seus filhos aceitaram seus comentários de bom grado e as relações melhoraram.
Pode ser que exija um pouco de esforço, porém expor as ideias claramente e expressar as ordens em termos positivos dá a seu filho uma imagem nítida do que esperar e mantém a interação em tom positivo. As lembranças feitas de forma amável ajudam a ensinar a seus filhos a direção correta.
Muitos filhos precisam de algo mais que somente uma maneira positiva de falar acerca de suas fragilidades. Requerem correção, porém a maneira como se corrige pode fazer a diferença entre a resistência e a receptividade de seu filho.
Efésios 6:4 diz: “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.” A primeira parte do versículo descreve um modo negativo de relacionar-se com os filhos. “Provocar a ira” dá a impressão de ser cruel e de causar desalento. No lugar dessa resposta negativa, os pais devem instruir os filhos a fazer algo positivo: criar seus filhos na disciplina e na admoestação do Senhor. Não queira disciplinar seus filhos somente para livrar-se das condutas negativas. O propósito da disciplina é ensinar ao filho uma maneira melhor de viver, em busca da santidade.
Muitos dos problemas que os filhos têm são tanto hábitos de comportamento como deficiência de caráter. Seria bom que tivessem uma experiência como a da “sarça ardente” que mudaria suas vidas instantaneamente, porém não costuma ocorrer desse modo. Inclusive Moisés teve que passar 40 anos no deserto como pastor cuidando de ovelhas.
A mudança leva tempo, e muitas correções pequenas e lembranças do que foi ensinado podem contribuir para o crescimento a longo prazo do seu filho. A palavra “disciplina” usada no Antigo Testamento tem origem na palavra hebraica “hanak”. Significa “ensinar”. O ensino implica guiar até um objetivo específico. Todos os dias ensine seus filhos a serem adultos responsáveis e saudáveis.
É fácil se entristecer quando o filho necessita de muitas correções ou quando parece não mudar. Alguns problemas requerem mais tempo para serem superados do que outros. Sua resposta e sua paciência são importantes. A exasperação pode prejudicar uma relação.
Quando os pais compreendem a diferença entre castigo e disciplina, isso modifica a maneira com que se relacionam com seus filhos. Ao invés de impor uma consequência para equilibrar a balança da justiça, busque ensinar e formar o caráter. Ao invés de ver os momentos de disciplina como irritantes desvios do caminho da vida, veja como oportunidades para desenvolver mais o caráter de seus filhos. Uma pequena mudança na perspectiva pode fazer toda a diferença.
::. Scott Turansky e Joanne Miller.
Infelizmente, Daiana se encontra em um rápido caminho para desestruturar sua família. Aqui está o motivo: ela não entende um princípio fundamental, e precisa acrescentá-lo a sua filosofia bíblica de paternidade para ter êxito em educar sua família.
Daiana precisa compreender uma diferença importante entre castigo e disciplina. O castigo proporciona uma consequência não desejada, porém a disciplina significa ensinar. O castigo é negativo; a disciplina é positiva. O castigo se concentra em coisas erradas que já passaram. A disciplina se concentra em ensinamentos que produzirão bons resultados no futuro. A princípio o castigo é motivado pela ira, enquanto a disciplina é motivada pelo amor. O castigo se concentra na justiça para equilibrar a balança do bem e do mal. A disciplina se concentra no ensino, se prepara para a próxima vez.
Jesus não teve nenhum filho, porém teve discípulos. As palavras “discípulo” e “disciplina” vêm da mesma raiz. O objetivo da paternidade é discipular seus filhos sobre o que significa viver a vida. Este ensinamento pode ser feito de várias maneiras: por imitação, instruindo, falando, praticando e, inclusive, corrigindo seus filhos. O problema é que muitos pais perdem o enfoque positivo quando se trata de corrigir os filhos.
A correção é uma das formas com que os filhos aprendem. Então, os pais precisam ter uma atitude adequada até que a correção consiga que o discipulado seja realizado. O filho que se irrita constantemente, o que fica com birra e aquele que briga com seus irmãos tem uma coisa em comum: a necessidade de ajustar os padrões de conduta e mudar o coração. Alguns pais usam somente a condenação ou a ira para motivar o filho para que mude o comportamento. Sua atitude diz: “Se lhe imponho consequências suficientes, então o castigo fará com que queira mudar“.
Infelizmente, o enfoque negativo do castigo costuma ser contraproducente, acrescenta amargura à relação e, a princípio, impede o crescimento. O que esses filhos necessitam realmente é de uma correção com enfoque positivo. Significa concentrar-se no que o filho deve fazer para evitar a conduta negativa. Dá mais trabalho disciplinar do que castigar, porém o resultado vale a pena. Os filhos desenvolvem novos padrões e as relações se tornam mais fortes.
Pode ser que você diga: “Sim, sei que minha filosofia de paternidade me diz que tenho que ser positivo, porém como posso ser positivo quando meus filhos estão fazendo coisas erradas o tempo todo?” Uma das maneiras é expor padrões e regras em termos positivos. Em vez de dizer: “Não grite”, diga: “Fale baixo”. Em vez de dizer: “Deixe de tratar mal o cachorro”, diga: “Seja amável”. Em vez de queixar-se da roupa que está espalhada por todas as partes do quarto do seu filho de 14 anos, pode dizer: “Você tem que colocar a roupa no cesto quando não for mais usá-la“.
Alguns pais reagem assim: “Isso parece genial, porém meus filhos não me escutam. Precisam de algo mais para que alguma mudança ocorra”. Poderíamos estar de acordo, pois muitos filhos necessitam de um enfoque multidisciplinar, não somente palavras. Porém, de qualquer forma, sempre utilizaríamos as palavras, e sugeriríamos que essas palavras fossem positivas e alentadoras.
Onze vezes o livro de Provérbios aconselha que os filhos escutem seus pais. Por exemplo, em Provérbios 1:8 diz: “Filho meu, ouve a instrução de teu pai e não deixes a doutrina de tua mãe.” Se se supõe que os filhos devem escutar a seus pais, isso significa que os pais tem algo a dizer. Suas palavras são importantes. Não abuse dos ouvidos ávidos de seus filhos gritando palavras de condenação e vingança. Use suas palavras estrategicamente como ferramentas para mudar o coração e desenvolver o caráter.
Sônia tem quatro filhos menores de sete anos. Durante um dia levou consigo um aparelho para contar os comentários que fazia com os filhos. Apontava para baixo em cada comentário negativo que fazia e para cima em cada comentário positivo. Sônia se surpreendeu com quantas vezes comunicava, inclusive coisas positivas, de uma maneira negativa. Foi assim que ela começou a trabalhar para mudar seu vocabulário. Procurou maneiras de dizer as coisas de uma forma positiva. Ao invés de dizer: “Não, não vai comer guloseimas agora“, dizia: “Sim, pode comer esse docinho às 03h30 da tarde“. Aconteceu algo interessante que Sônia não esperava. A atmosfera da sua casa começou a ser cheia de atitudes mais positivas. Seus filhos aceitaram seus comentários de bom grado e as relações melhoraram.
Pode ser que exija um pouco de esforço, porém expor as ideias claramente e expressar as ordens em termos positivos dá a seu filho uma imagem nítida do que esperar e mantém a interação em tom positivo. As lembranças feitas de forma amável ajudam a ensinar a seus filhos a direção correta.
Muitos filhos precisam de algo mais que somente uma maneira positiva de falar acerca de suas fragilidades. Requerem correção, porém a maneira como se corrige pode fazer a diferença entre a resistência e a receptividade de seu filho.
Efésios 6:4 diz: “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.” A primeira parte do versículo descreve um modo negativo de relacionar-se com os filhos. “Provocar a ira” dá a impressão de ser cruel e de causar desalento. No lugar dessa resposta negativa, os pais devem instruir os filhos a fazer algo positivo: criar seus filhos na disciplina e na admoestação do Senhor. Não queira disciplinar seus filhos somente para livrar-se das condutas negativas. O propósito da disciplina é ensinar ao filho uma maneira melhor de viver, em busca da santidade.
Muitos dos problemas que os filhos têm são tanto hábitos de comportamento como deficiência de caráter. Seria bom que tivessem uma experiência como a da “sarça ardente” que mudaria suas vidas instantaneamente, porém não costuma ocorrer desse modo. Inclusive Moisés teve que passar 40 anos no deserto como pastor cuidando de ovelhas.
A mudança leva tempo, e muitas correções pequenas e lembranças do que foi ensinado podem contribuir para o crescimento a longo prazo do seu filho. A palavra “disciplina” usada no Antigo Testamento tem origem na palavra hebraica “hanak”. Significa “ensinar”. O ensino implica guiar até um objetivo específico. Todos os dias ensine seus filhos a serem adultos responsáveis e saudáveis.
É fácil se entristecer quando o filho necessita de muitas correções ou quando parece não mudar. Alguns problemas requerem mais tempo para serem superados do que outros. Sua resposta e sua paciência são importantes. A exasperação pode prejudicar uma relação.
Quando os pais compreendem a diferença entre castigo e disciplina, isso modifica a maneira com que se relacionam com seus filhos. Ao invés de impor uma consequência para equilibrar a balança da justiça, busque ensinar e formar o caráter. Ao invés de ver os momentos de disciplina como irritantes desvios do caminho da vida, veja como oportunidades para desenvolver mais o caráter de seus filhos. Uma pequena mudança na perspectiva pode fazer toda a diferença.
::. Scott Turansky e Joanne Miller.
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